O manjericão é uma das ervas aromáticas mais queridas do mundo, presente tanto em receitas clássicas quanto em remédios tradicionais. Mas sua importância vai muito além da cozinha. Essa planta tem uma longa trajetória histórica, marcada por simbolismo religioso, tradições culturais e uma difusão que atravessou continentes. Conhecer a história e a origem do manjericão é mergulhar em um patrimônio que une sabor, saúde e espiritualidade.
As raízes do manjericão na Índia
O manjericão tem sua origem atribuída ao continente asiático, em especial à Índia, onde é considerado uma planta sagrada há milhares de anos. Conhecido como Tulsi na tradição hindu, o manjericão sagrado é reverenciado em rituais religiosos, associado à deusa Lakshmi e à purificação espiritual. Nas casas indianas, é comum encontrar vasos de manjericão cultivados como símbolo de proteção, prosperidade e equilíbrio.
Além da dimensão espiritual, os indianos já utilizavam o manjericão como remédio natural. Preparos de infusões, óleos e cataplasmas com a erva eram empregados no tratamento de dores de cabeça, problemas respiratórios e até mesmo para reforçar a imunidade.
O manjericão no Mediterrâneo Antigo
A planta também se espalhou pelo Mediterrâneo, especialmente entre os egípcios, gregos e romanos. No Egito Antigo, o manjericão era utilizado em rituais funerários e na conservação de corpos, dado seu aroma intenso e propriedades antibacterianas.
Para os gregos e romanos, o manjericão ganhou outros significados: ora era visto como planta da sorte, ora como símbolo de tristeza e luto. No entanto, seu uso culinário já era valorizado, principalmente no preparo de molhos e infusões.
Difusão pela Europa Medieval
Durante a Idade Média, o manjericão se consolidou como uma erva importante na Europa Ocidental. Mosteiros e hortos medicinais cultivavam a planta tanto para fins gastronômicos quanto terapêuticos. As folhas eram empregadas contra doenças respiratórias, problemas digestivos e até como repelente natural contra insetos.
Na Itália, o manjericão encontrou seu lugar definitivo na cozinha. Foi nesse país que se popularizou como tempero indispensável em molhos para massas, sopas e pratos com tomates. Daí nasceu uma das combinações mais icônicas da gastronomia mundial: manjericão, tomate e azeite de oliva.
A chegada às Américas
Com as grandes navegações e a colonização, o manjericão cruzou o Atlântico e chegou às Américas. Portugueses e espanhóis levaram mudas da planta para o Novo Mundo, onde rapidamente se adaptou ao clima tropical.
No Brasil, o manjericão se tornou presença comum em quintais, hortas e feiras populares. Além do uso culinário, também foi incorporado às tradições populares e religiosas, sendo usado em chás, defumações e rituais de proteção.
O manjericão hoje
Atualmente, o manjericão é cultivado e consumido em praticamente todos os continentes. Ele se consolidou como um tempero universal, símbolo da cozinha mediterrânea, mas também como uma erva medicinal e espiritual de grande relevância.
📌 Principais pontos sobre a história do manjericão:
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Origem na Índia, como planta sagrada chamada Tulsi.
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Forte presença no Egito, Grécia e Roma, com usos religiosos e culinários.
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Na Idade Média, ganhou destaque em hortos medicinais e na cozinha europeia.
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Tornou-se essencial na Itália, base do famoso molho pesto.
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Chegou às Américas durante a colonização, adaptando-se facilmente ao clima tropical.
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Hoje, é uma das ervas aromáticas mais populares e versáteis do mundo.
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